Por Caio Clímaco
“Há pesquisas que mostram que quase todos os oficiais generais são herdeiros de famílias militares, que sempre estiveram nos mais altos postos”
Um exemplo está na Secretaria estadual de Segurança Pública de São Paulo, responsável pela atuação da Polícia Civil, que investiga Paulo Galo pelo incêndio à estátua.
O titular da pasta é o general da reserva João Camilo Pires de Campos, que vem de uma das principais famílias de bandeirantes paulistas. Pires de Campos é descendente das famílias Pires e Camargo que, entre 1640 e 1660, protagonizaram na então vila de São Paulo uma sangrenta batalha pelo controle de instituições políticas.
“A questão das estátuas é uma questão da própria representatividade e da autoimagem da formação da classe dominante. Então quando alguém faz o protesto contra uma estátua de bandeirante, as elites sabem que se está questionando o latifúndio histórico no Brasil”.
*Portanto, é inaceitável que se puna aqueles que lutam por memória digna, por verdade e por justiça social, uma vez que é o Estado quem historicamente atua negando, racializando, e eliminando a sua própria população. Justiça para Paulo Galo. @galodelutaoficial
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