Audiovisual – A evolução do 4k

Por Paulinho Sacramento

Graças à variedade de smartphones, tablets, monitores, notebooks e TVs com dezenas de polegadas, nunca tivemos telas com tamanhos tão diferentes quanto hoje. Atrelada a esse cenário está outra característica também rica em opções: a resolução. Termos como HDfull HDfull HD+1080p4K8KXVGA e outros fazem cada vez mais parte da nossa “vida tecnológica”.

Sendo assim, vamos iniciar o mês de fevereiro falando um pouco sobre a revolução do 4K. Embora o avanço da tecnologia digital seja mais visível nas telas dos cinemas a cada dia, a maioria das grandes produções do cinema norte-americano ainda prefere captar as imagens utilizando os filmes em película 35 mm. A opção tem uma justificativa: nem mesmo a mais moderna das tecnologias digitais de captação de imagem consegue reproduzir com alta fidelidade de cores e qualidade de imagem como a tradicional película, especialmente em cenas noturnas e ou com pouca iluminação. A forma mais usual de exibição das imagens nos cinemas, da mesma forma, ainda é a película. Ou seja: se alguém quiser captar as imagens usando um sistema digital, por exemplo, terá depois que transferi-las para película na hora da exibição.

Como essa transição é feita de um suporte com qualidade inferior de resolução para o um suporte de qualidade superior, a percepção de perda de qualidade é maior o que, na prática, torna-se algo desnecessário.Em 2006 os grandes estúdios começaram a testar uma tecnologia de captação de imagens digitais chamada 2K. Esse sistema contempla uma resolução de 2048×1080 pixels.

Para se ter idéia, é uma resolução levemente superior a da HDTV que exibe imagens em 1920×1080 pixels. Colocando isso em termos comparativos, o resultado final no cinema poderia ser comprometido caso não fosse exibido por meio de um projetor adequado para 2K. Numa televisão, com tamanho menor, a percepção das falhas também é menor, mas numa tela gigante de cinema os mais detalhistas com certeza poderiam encontrar incômodos detalhes.

A tecnologia 4K propõe algo bem acima do que você se acostumou a ver. Com ela, a resolução de captação e de exibição salta para impressionantes 4096×2160 pixels de resolução – definição cinco vezes maior do que a melhor das telas de cinema em 2K.Isso significa a compressão de 8 milhões de pixels em uma única imagem e, claro, a possibilidade de telas ainda mais amplas sem que haja algum tipo de perda visível na resolução das imagens.

Para armazenar imagens de tamanha qualidade também é preciso de um respeitável sistema de armazenamento de dados. Para você ter uma idéia, um segundo de filme na qualidade 4K ocupa cerca de 2GB de espaço em disco. Nessa proporção, um filme com duração de 70 minutos ocuparia impressionantes 2,6 Terabytes.

Curtiu? Acompanhe nosso blog pois daqui a pouco tem mais dicas sobre audiovisual.

Saravá!

*Paulinho Sacramento é Cineasta, Artista residente do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Gestor Cultural e Diretor do Rio Mapping Festival e da Casa de Cultura Saravá Bien.

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