Por Paulinho Sacramento:
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O termo, que influenciou até na mudança da nomenclatura do Facebook, indica uma ponte entre a realidade com mundos interativos baseados em realidade virtual. De olho nessa novidade, empresas do ramo dos games já apostam na ideia e possuem, as suas próprias versões do metaverso.
Quem esteve ligado nas notícias do Olhar Digital ao longo de 2021 ficou por dentro de uma nova tendência que surgiu no mercado: o metaverso.

Mas afinal de contas o que é metaverso?
Parafraseando daqui pra frente o Gabriel Sérvio que abordou o tema na Olhar Digital recentemente, nesse universo de possibilidades, um novo nicho de mercado acabou surgindo, a possibilidade de comprar pequenos (ou grandes) pedaços de terra para construir imóveis e até lojas, que hoje já promovem itens de marcas famosas.
Esses terrenos são porções de terra que ficam em mundos como o Decentraland e o The Sanbox, talvez os mais populares do momento. Bem como no mundo real, os pedaços são divididos em lotes e podem valorizar com o passar do tempo.
Os interessados podem comprar seu próprio ambiente virtual por meio das criptomoedas. Cada terreno, por sua vez, é negociado de forma similar a um NFT (token não fungível), reforçando a sua autenticidade e exclusividade.
Os criadores da ideia colocaram à disposição nada menos que 90 mil terrenos. Parece muito, mas todos já foram adquiridos por meio do token oficial da Decentraland, a MANA.
Já o The Sandbox, que também oferece a possibilidade de abrir sedes digitais de empresas, construir casas e até promover eventos e shows, é ainda mais antigo. A iniciativa surgiu em 2012 e em 2018 ingressou no mercado de criptoativos.
Assim como na Decentraland, o metaverso The Sandbox possui o seu próprio token oficial, o SAND, também na blockchain ethereum. Outra diferença está nos números de lotes disponíveis, mais de 166 mil. Por conta da maior disponibilidade, alguns ainda estão disponíveis.
Ficou interessado na ideia? Como todo investimento, investir dinheiro no metaverso tem suas vantagens e desvantagens.
O principal ponto positivo é a valorização dos terrenos. Se uma plataforma ganhar força entre os entusiastas, os preços dos seus terrenos certamente vão subir. Entretanto, apostar no metaverso sem conhecimento é arriscado. Uma plataforma onde o seu terreno virtual está localizado pode simplesmente não despertar o interesse do público com o passar do tempo, fazendo com que os preços desabem, ou seja, novos mundos já estão aí, doa a quem doer.
*Paulinho Sacramento é Cineasta, Artista Residente do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Gestor Cultural e diretor do Rio Mapping Festival.