O espetáculo infantojuvenil “Preta de Ébano” irá circular por lonas, arenas, centros culturais e teatros do Rio de Janeiro com sessões gratuitas. Inspirada no livro de mesmo nome, a história traz reflexões sobre igualdade de gênero, racismo e respeito à ciência.
A princesa continua linda, mas os seus poderes… Quanta diferença! Ela agora não espera ser salva por príncipe nenhum e usa seus conhecimentos para defender e libertar seu povo. Essa princesa empoderada – intelectual, social e politicamente – é “Preta de Ébano”, que dá título ao livro (à venda no site www.zucca.com.br) de Gisela de Castro, transformado em peça.
Com Luíza Loroza como a personagem narradora, direção de Natália Balbino e trilha sonora de Maíra Freitas, o espetáculo vai circular com sessões gratuitas pelas lonas, arenas, centros culturais e teatros do Rio de Janeiro com recursos obtidos do Edital Foca – Fomento à Cultura Carioca, da Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (SMC).
A peça
Luiza Loroza é a narradora da saga da princesa negra. A atriz está atenta à responsabilidade de dialogar com o público infantojuvenil e feliz em poder colaborar para formar uma geração que reconheça a igualdade de gênero, sem preconceito racial e com respeito à ciência. No espetáculo, ela está sozinha em cena, mas sabe que representa várias mulheres negras: mães, filhas, professoras, sábias, cientistas, heroínas.
A diretora Natália Balbino lembra que a história de Preta de Ébano ainda faz mais um paralelo com a situação que estamos vivendo agora. A princesa se isola com as sábias para encontrar – por meio dos saberes ancestrais sobre o poder de cura das plantas – a salvação para os problemas do reino. Exatamente como os pesquisadores debruçados sobre a ciência para produzir vacinas capazes de vencer a Covid-19. “E ainda temos, aqui no Brasil, a Dra. Jaqueline Goes de Jesus, que sequenciou o coronavírus”, observa Natália, destacando a biomédica baiana, de 31 anos, coordenadora da equipe que sequenciou o genoma do vírus em 48 horas, tempo recorde em relação a outros países.
Datas em cada Lona Cultural:
O roteiro tem mais nove sessões já programadas para abril: dias 2 e 3 (sábado e domingo), às 16h, no Teatro Municipal Ruth de Souza, que fica no Parque das Ruínas, em Santa Teresa; dia 7 (quinta-feira), às 16h, Muhcab, Museu da História e Cultura Afro-Brasileira, na Gamboa; dia 8 (sexta-feira), às 11h, na Areninha Carioca Gilberto Gil, em Realengo; dia 8 (sexta-feira), às 16h, no Muhcab, Museu da História e Cultura Afro-Brasileira, na Gamboa; dia 10 (domingo), às 11h, na Arena Fernando Torres no Parque Madureira; e no dia 12 (terça-feira), às 10h, na Arena Jovelina Pérola Negra, na Pavuna; dia 13 (quarta-feira), às 14h, Lona Cultural Terra, em Guadalupe e no dia 14(quinta-feira), 16h, na Arena Carioca Chacrinha, em Pedra de Guaratiba.