Samba, sambistas e sociedade é um ensaio etnomusicológico, de Samuel Araújo, que apresenta uma história crítica do samba na cidade do Rio de Janeiro do início dos anos 1990, e será lançado hoje na LIvraria Folha Seca, Rua do Ouvidor, 37, centro do Rio.
Samuel Araújo procura ilustrar a relação entre ambos os fazeres e sua importância para a solução de dilemas sociais de maior abrangência no país e para a mediação entre os diversos aspectos do samba, propondo romper com estratégias na área da música, como a de inferiorização de negras e negros brasileiros.
O autor recusa o fortalecimento do status quo eurocêntrico, que desqualifica a produção de não ocidentais, não europeus e não brancos e introduz o conceito de “trabalho acústico”, que estabelece condições para que a produção artística de afrodescendentes e a porção de humanidade que estes representam se mostrem em toda plenitude produtiva e comunicacional.