Por Francis Ivanovich:
Neste domingo, 18 de dezembro de 2022, saberemos quem é o novo campeão mundial, Argentina ou França. Declaro minha torcida pela Argentina, país que gosto muito e onde sempre sou muito bem recebido quando a visito. Tenho grandes amigos por lá, que o audiovisual me deu de presente. No entanto, há uma razão especial para torcer pelos “hermanos”.
Lionel Messi.
Sou seu fã desde que ele surgiu no Barcelona, fazendo gols incríveis, dando dribles surpreendentes e pelo seu jeitão tímido, sua discrição enquanto pessoa. Lionel Messi é um cara impressionantemente simples no trato. Não ostenta, fala pouco, apanha calado no gramado, se levanta e vai em frente. Uma boa lição para a vida.
Tenho um história bizarra com Messi. Quando fui à Barcelona, comprei pela internet um ingresso para ir ao estádio do Camp Nou para vê-lo jogar. Infelizmente, aos 5 minutos de jogo, Messi tomou uma pancada tão forte que saiu do jogo e foi direto para o departamento médico. Fiquei arrasado, paralisado, sentado diante do gramado sem querer acreditar. “Vim de tão longe e acontece isso?” A vida é assim, sempre nos contrariando em nossos desejos.
Hoje, com 35 anos de idade, veremos um dos maiores jogadores da história lutando na sua última copa do mundo, por um título inédito em sua brilhante carreira de estatísticas monumentais. Ao lado de Pelé, Garrincha, Maradona, Messi é, sem dúvida, um dos imortais do futebol, seu nome será lembrado para sempre.
Nós brasileiros não veneramos nossos ídolos como os argentinos, Pelé era para ser reverenciado como os argentinos fazem, vejam a adoração que eles têm por Maradona. O brasileiro carece de memória, infelizmente.
Pelé está internado e é sim lembrado, recebe mensagens de carinho, etc., mas não duvido que se Messi estivesse na mesma situação, o hospital iria viver dias de grande confusão com os argentinos fazendo vigília na porta.
Torço muito para que Messi levante a taça de campeão do mundo, ele merece. Está arrebentando nesta copa, o lance em que ele conduz a bola marcado por um forte jogador da Croácia, com 20 anos de idade, tentando impedi-lo de ir adiante, é impressionante, “o velho” faz o garoto croata de bobo, e acaba acontecendo o gol do Argentina pelos pés de Julián Álvarez, num passe açucarado de Messi.
Que os deuses do futebol façam justiça a este ET da bola, e como é legal ouvir a torcida gritando sem parar “Messi! Messi! Messi!”
Eu sou um deles, porque estou diante de um artista único do futebol, um gênio da bola, um cara que fala pouco e faz muito. O que já não ocorre com determinados jogadores que a gente bem conhece.
Francis Ivanovich é jornalista e cineasta.